O PR diz que, se não houver sucesso nas negociações, os efeitos "não serão positivos", mas Portugal está preparado para enfrentar a situação durante "vários meses". Hoje é o Dia D para a Grécia, que Cavaco acusa de estar a cometer "erros diplomáticos".
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"Não foi por intenção", foi sim "falta de experiência". O PR diz que "foram cometidos erros de natureza diplomática bastante fortes por parte das autoridades gregas", porque "há um modo de negociar, há uma linguagem da negociação".
Cavaco Silva volta assim a apontar baterias ao Governo de Tsipras: "O Governo grego foi aprendendo que a realidade é diferente dos sonhos e das promessas que são feitas em campanha eleitoral e, de alguma forma, foi-se adaptando".
O chefe de Estado sublinha, no entanto, que "o Eurogrupo considera que a Grécia não se adaptou o suficiente para garantir a sustentabilidade da dívida pública". Agora, se a Grécia cair, haverá certamente efeitos nefastos.
"Alguns efeitos ocorrerão e não serão positivos, embora eu continue a afirmar que eles podem ser contidos em relação ao conjunto da zona euro e de Portugal", diz Cavaco, voltando a frisar que "as instituições europeias estão mais bem preparadas para enfrentar um acidente com um país da zona do euro" e que Portugal tem margem de manobra para aguentar durante "vários meses".
Em conversa com os jornalistas, em Bucareste, Cavaco Silva evitou falar de assuntos de política interna, por estar em visita oficial à Roménia.