
Palácio de Belém
O Presidente da República recebe o secretário-geral do PCP na quinta-feira, na sequência de um pedido de audiência dos comunistas sobre as «opções inadiáveis» do país face à situação «grave e inquietante» que vive.
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«No seguimento do pedido de audiência que o PCP dirigiu ao Presidente da República para expor, no quadro da grave e inquietante situação do país, aquelas que na opinião do PCP constituem as medidas e opções inadiáveis para responder aos problemas nacionais, que o XIX Congresso do PCP definiu, informamos que a mesma terá lugar amanhã, quinta-feira, pelas 15:30», lê-se numa nota do gabinete de imprensa do Partido Comunista Português hoje divulgada.
Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, encabeça a delegação que irá a Belém falar com Cavaco Silva. Francisco Lopes, Jorge Cordeiro e Manuela Pinto Ângelo, todos do Secretariado do Comité Central do partido, são os restantes membros da direção que participarão na audiência.
No Congresso do PCP, Jerónimo de Sousa, eleito por unanimidade para um terceiro mandato como secretário-geral, exigiu a demissão do Governo PSD/CDS-PP e a convocação de eleições antecipadas, consideradas «a saída legítima e necessária e para interromper o caminho de desastre do país».
O secretário-geral do PCP deixou também no Congresso fortes críticas ao PS, avisando que os comunistas procuram a «convergência de esquerda» mas não abdicam da sua identidade: «Ninguém peça ou exija ao PCP que deixe de ser o que é», afirmou.
O Congresso aprovou, com um voto contra e duas abstenções, entre 1240 delegados inscritos, a Resolução Política, que estabelece a estratégia do partido para os próximos quatro anos, e define a rutura com a 'troika' como «questão central» e «condição determinante» para construir uma alternativa de esquerda.