CDS-PP quer que Portugal aproveite posições do FMI para «negociação política» do memorando
O porta-voz do CDS-PP defendeu que Portugal deve aproveitar as posições do FMI para uma «negociação política» e não «meramente técnica» do memorando de entendimento.
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«Aproveitemos estas posições do FMI, que vêm, aliás, já na linha do que a própria diretora-geral do FMI tinha dito no passado e que o CDS tinha valorizado, no sentido de que na negociação do memorando de entendimento que Portugal possa fazer uma negociação política e não meramente técnica», afirmou João Almeida.
No Parlamento, o vice-presidente da bancada do CDS-PP sublinhou que as posições do FMI «têm que ser valorizadas e têm que estar na agenda de Portugal».
«As pessoas perceberão muito bem uma coisa: se nós temos que negociar com três entidades e uma é mais favorável aos nossos interesses, então, nós temos também todo o interesse em valorizar essa posição em detrimento das outras», afirmou.
«Parece-me evidente qual é a estratégia que Portugal deve seguir numa negociação como essa», frisou.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou na quinta-feira que os programas de austeridade nas economias europeias com mais dificuldades podem ter limites políticos, à medida que aumenta a resistência na Grécia e em Portugal aos termos dos seus resgates financeiros.
Numa nota divulgada em Washington, sobre o encontro de 04 e 05 de novembro com o G20 no México, o FMI considera que as condições financeiras na zona euro «continuam frágeis» e que há riscos de que os países que pediram apoio não consigam cumprir as reformas de ajustamento exigidas.