CDS questiona Governo sobre dificuldades das empresas em aceder às linhas de crédito
João Gonçalves Pereira reforçou no documento a "preocupação" manifestada pelo tecido empresarial sobre o acesso créditos.
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O CDS quer saber se o Governo já deu à banca garantias de Estado para acesso das empresas às linhas de crédito e se há apoios à economia que se encontram suspensos ou encerrados.
Estas perguntas foram formalmente dirigidas na terça-feira ao ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, pelo deputado democrata-cristão João Gonçalves Pereira, mas o documento apenas esta quinta-feira foi divulgado pelo CDS.
No texto introdutório do conjunto de perguntas, o deputado do CDS diz ter tomado conhecimento da "preocupação" manifestada pelo tecido empresarial relativamente a "uma séria dificuldade das médias empresas em aceder às já anunciadas linhas de crédito junto do setor bancário".
"O Ministério das Finanças já garantiu à banca - o intermediário escolhido por este Governo para as linhas de crédito - o aval e as garantias do Estado necessárias para a consumação e operacionalização dessas linhas de crédito? Se não, quando o fará?", pergunta João Gonçalves Pereira.
O CDS afirma ainda ter conhecimento de que "múltiplas empresas estão a ver os seus pedidos de acesso às linhas de crédito frustrados junto das respetivas instituições bancárias com o argumento de o Governo não ter ainda fornecido as necessárias garantias do Estado para esse financiamento".
"O Governo confirma esse atraso? E tem uma data estimada para quando as garantias serão finalmente fornecidas, de modo a operacionalizar devidamente as linhas de crédito?", insiste o deputado democrata-cristão.
Ainda de acordo com João Gonçalves Pereira, que cita "informações públicas e oficias da SPGM - sociedade de investimento escolhida pelo Governo para a coordenação das linhas de apoio à economia -, estão encerradas ou suspensas quatro linhas específicas de apoio: Covid-19 Apoio à Atividade Económica, Covid-19 Apoio às Empresas do Turismo; Covid-19 Apoio a Empresas da Restauração e similares; Covid-19 Apoio a Agências de Viagem, Animação Turística, Organizadores de eventos e similares.
"Dada a dimensão da crise atual e os emergentes números de desemprego, qual a razão para não estarem estas linhas em operação?", questiona ainda o deputado do CDS.