Centro Hospitalar do Algarve quer manter "sempre" abertas maternidades de Faro e Portimão
Ana Varges Gomes salienta que, sempre que for possível, a maternidade de Portimão manter-se-á aberta aos fins de semana.
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Depois de o diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) ter apresentado a renúncia por discordância com o diretor-executivo do SNS, a presidente do Conselho de Administração, Ana Varges Gomes, vem dizer que o compromisso com Fernando Araújo é para manter. Horácio Guerreiro, o diretor clínico, entende que o bloco de partos de Portimão pode fechar em alguns fins de semana para salvaguardar Faro e gerir recursos, enquanto que a direção do SNS quer mantê-lo "sempre" aberto.
Ana Varges Gomes considera que há condições para abrir as duas maternidades porque existem médicos de fora da região que estão a chegar para colmatar as falhas.
"Neste momento está assegurado todo o mês de julho. Durante o mês de agosto, se conseguirmos na mesma recursos de neonatologistas que permitam abrir todos os fins de semana, manteremos todos os fins de semana abertos. Se não conseguirmos, pelo menos de 15 em 15 dias teremos o bloco de partos de Portimão aberto ao fim de semana", esclarece, em declarações à TSF.
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A presidente do conselho de administração do CHUA salienta que, sempre que for possível, a maternidade de Portimão manter-se-á aberta aos fins de semana.
O diretor clínico do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve não partilha desta opinião e já se demitiu por não querer assumir responsabilidades se algo correr mal.
"Eu compreendo que a falta de recursos é uma coisa que acaba por esgotar as nossas forças porque andamos sempre a tentar resolver aquilo que é difícil resolver sem recursos e, ao fim de algum tempo, as pessoas ficam desgastadas", confessa.
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No entanto, Ana Varges Gomes afirma que foi assumido um "compromisso" numa reunião com a direção executiva - "na qual o diretor clínico participou" - que previa o recurso a profissionais de fora da região para garantir que o bloco de partos de Portimão pudesse "estar aberto e que apenas feche de 15 em 15 dias, ao fim de semana".
"Sempre que tivéssemos recursos disponíveis - estes recursos têm a ver com recursos fora da região - poderíamos abrir mais fins de semana. Obviamente se tivéssemos capacidade, abriríamos mais fins de semana, e foi isso que aconteceu", adianta.