Centro Hospitalar Gaia/Espinho reorganiza serviços para ter mais camas para doentes Covid-19
Enquanto aguarda a abertura de mais uma unidade de cuidados intensivos, nova de raiz, o Centro Hospitalar de Gaia/Espinho já teve necessidade de converter um espaço para acolher os doentes com Covid-19, ativando, assim, mais um nível do plano de contingência interno.
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A capacidade de resposta é elástica, mas não infinita. A unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar Gaia/Espinho já tem preenchidas as doze camas, com doentes Covid-19. O passo seguinte foi alocar a unidade de cuidados pós-anestésicos, como refere Rui Guimarães, presidente do Conselho de Administração.
"O que acontece sempre que há uma situação destas é que vamos usar uma área que estava dedicada a uma determinada actividade clínica e vamos substituí-la por outra, nomeadamente os doentes Covid. Daí a nossa preocupação com o aumento do número de casos. Obviamente, ao final do dia, traz sempre consequências na actividade normal do hospital".
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Se por um lado, a decisão representou um ganho de mais nove camas para pessoas infectadas com o novo coronavírus, representou, também, uma perda para as actividades programadas, como já acontece, por exemplo, nos picos de gripe.
"Imagine que amanhã temos programada uma cirurgia que vai precisar de cuidados pós-anestésicos, e não há mais nenhuma vaga, claramente esse doente tem de ser substituído por outro que nos permita avançar."
Rui Guimarães explica que os casos mais complexos que podem ser afectados, não são os mais graves.
"Por exemplo, no caso de uma cirurgia plástica, não podemos dizer que são cirurgias graves. São, de facto, procedimentos mais complexos que obrigam a que estes doentes tenham depois de ter uma monitorização e uma vigilância mais apertada. Não são os casos que temos como prioritários."
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No próximo mês, o Centro Hospitalar Gaia/Espinho volta a ganhar mais uma folga, com a abertura de uma nova unidade de cuidados intensivos.
"Essa unidade está desenhada para vinte e oito camas. Dezoito de nível máximo intensivo, ou seja, nível 3, e dez de nível 2. Mas tem, também, a particularidade de qualquer uma delas poder trabalhar em nível 3, o nível máximo de diferenciação."
Até lá, e se for necessário, há mais unidades que podem ser convertidas em espaços dedicados exclusivamente a doentes com Covid-19.