As centrais sindicais reagem ao anúncio de que Bruxelas dará mais um ano a Portugal com críticas ao governo e de que a recessão será o dobro.
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O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou hoje que o Governo deve um «pedido de desculpas» aos portugueses e a sua demissão, ao rever para o dobro a previsão da recessão para 2013.
«Este anúncio obriga o Governo a parar para avaliar os estragos que fez ao país, a pedir desculpas aos portugueses e, simultaneamente, pedir a demissão», afirmou Arménio Carlos.
Já João Proença disse à TSF que mais um ano é o «reconhecimento do falhanço das políticas» do Governo, que não privilegiam o crescimento e o emprego.
O líder da UGT considera que «a atual situação é insustentável».
O ministro das Finanças afirmou hoje que irá rever em baixa as projeções macroeconómicas para 2013, apontando para uma revisão em baixa de um ponto percentual da atividade económica, resultado de uma recessão maior que a esperada em 2012.
Vítor Gaspar admitiu que esta revisão nas projeções económicas terá implicações no ajustamento previsto para os próximos anos e que "é razoável conjeturar" que Bruxelas dê mais um ano a Portugal para corrigir o défice excessivo.