Chega critica presença de Galamba na AR e acusa PS de semear "cultura de corrupção"
O líder parlamentar do PS saiu em defesa do ex-ministro das Infraestruturas.
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O ex-ministro das Infraestruturas João Galamba esteve sentado na bancada do Parlamento, esta quinta-feira, durante alguns minutos. O suficiente para que André Ventura, na bancada do Chega, sublinhasse essa presença em tom crítico tentando, mais uma vez, associar o Partido Socialista a casos de alegada corrupção.
"E aqui estamos novamente, no meio de um escândalo enorme de degradação das instituições que só tem um responsável, mais uma vez: o Partido Socialista. E a cultura de corrupção que criaram em Portugal ao longo dos últimos anos", acusou Ventura.
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Perante as críticas do Chega, saiu em defesa da bancada socialista e de João Galamba o líder da bancada parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias.
"Não vamos transformar este debate num debate sobre o processo judicial, não o faremos. O deputado João Galamba tem direito ao assento nesta bancada. Foi eleito por voto popular, não está aqui com outro direito que não seja o direito das eleições de janeiro de 2022", defendeu Brilhante Dias.
Um debate que ficou marcado também pela recuperação da memória de Pedro Passos Coelho. Quem o fez foi Ana Catarina Mendes, ministra dos Assuntos Parlamentares, para elogiar o trabalho dos últimos oito anos sob gestão de António Costa, que esteve ausente por estar na reunião do Conselho de Ministros, a decorrer ao mesmo tempo que o debate.
"Pedro Passos Coelho dizia a 1 de março de 2016: se pudéssemos todos, sem dinheiro, devolver salários, pensões e impostos e, no fim, as contas batessem todas certas, isso seria fantástico. Para poder cumprir metas ou há milagres ou há consequências. Aquilo que vos posso dizer é que o milagre decorre de muito trabalho", recordou Ana Catarina Mendes.
A ministra citou também Paul Krugman, o Nobel da Economia, quando falou no milagre económico português, e garantiu que nos próximos dias do debate na especialidade a bancada do Governo e o PS vão estar atentas para que o país não colapse.
"Para garantir que o país não entra em colapso por agendas partidárias ou por qualquer querela política", acrescentou a ministra dos Assuntos Parlamentares.