Chega quer demissão de Medina e diz que nomeação de Galamba é "afronta ao país e à justiça"

O presidente do Chega, André Ventura, afirma que a nomeação de João Galamba para ministro das Infraestruturas "é uma afronta ao país e à justiça".

"É sabido que João Galamba está a ser investigado por causa do lítio e do hidrogénio", atira André Ventura.

"Sabemos de fonte segura que João Galamba tem no seu currículo ter sido quem avisou José Sócrates da Operação Marquês, sendo outra afronta à justiça", acusa.

O ataque também atingiu Marcelo Rebelo de Sousa, questionando se o Presidente da República procurou perceber em que estado estão esses processos.

"António Costa escolhe deliberadamente manter ministros com casos atrás deles", refere André Ventura, dizendo que as nomeações distanciam o Governo dos portugueses.

"A incapacidade de rejuvenescer e de recrutar qualidade na sociedade civil mostra que ninguém se quer atravessar por António Costa e por este Governo socialista. Por isso foi ao aparelho onde todos lhe dizem que sim, ao próprio partido", reitera.

Quanto aos governantes que permanecem em funções, o líder do Chega acredita que Fernando Medina não tem condições para se manter no Governo, mostrando uma "clara capacidade, falta de autoridade e condições de Medina para continuar".

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André Ventura refere que é "inquietante" a resposta de Medina, depois de o ministro ter dito que a sua participação nada ter a ver com o caso de Alexandra Reis. Ainda assim, André Ventura acusa António Costa de ser quem o mantém em funções.

Para o líder do Chega, o discurso de António Costa foi um "passar um pano sobre o que tem acontecido no Governo nos últimos anos".

"Isso não é positivo nem tem nada de positivo", considera.