Cimeira da NATO. "Tudo o que podia ser complicado está, neste momento, resolvido"
O primeiro-ministro português sublinhou que a NATO está focada no apoio à Ucrânia e na luta pela defesa do direito internacional. Revelou também que a cimeira vai acolher proposta portuguesa sobre flanco sul.
Corpo do artigo
O primeiro-ministro, António Costa, reconheceu que a questão da adesão da Suécia à NATO já está praticamente resolvida e que, agora, a Aliança Atlântica está focada no apoio à Ucrânia e na luta pela defesa do direito internacional. Sublinhou também que a NATO não ignora a necessidade de desenvolver outras parcerias e estabelecer outras oportunidades de cooperação a sul, com a cimeira a acolher a proposta portuguesa que alerta para uma maior atenção da Aliança Atlântica ao flanco sul, nomeadamente o continente africano.
"Isso era algo que nos preocupava bastante e felizmente no comunicado final está agora consagrado. Muito brevemente será distribuída a versão final do comunicado", revelou Costa.
Outra "boa notícia" é, na opinião do primeiro-ministro, a "unidade de todos no apoio à Ucrânia no seu combate na defesa pelo direito internacional".
"Era difícil podermos começar melhor esta cimeira, agora só espero que a cimeira não estrague aquilo começou tão bem", completou António Costa.
Há vários anos que Portugal tem insistido, junto dos restantes 30 Estados-membros, na necessidade de a Aliança Atlântica olhar para o flanco sul, nomeadamente África, numa altura em que as atenções estão concentradas no flanco leste, por causa da invasão da Rússia à Ucrânia.
O grupo paramilitar Wagner, que era uma das principais forças leais ao Kremlin na guerra na Ucrânia, tem uma forte presença no continente africano e também há grupos considerados terroristas, nomeadamente o al-Shabaab e milícias filiadas ao autoproclamado Estado Islâmico, em regiões como o Sahel.
O objetivo é que a NATO faça uma reflexão sobre o assunto e que apresente diretrizes na cimeira do próximo ano, em Washington.