Os chefes e directores clinicos da Maternidade Alfredo da Costa lançaram, esta quinta-feira, um alerta por causa do futuro da maior maternidade do país.
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A solução há muito que está a ser estudada mas, até agora, ainda não passou do papel. O actual estatuto da Maternidade Alfredo da Costa impede a contratação de novos especialistas, dizem os profissionais de saúde, o que pode implicar a curto ou médio prazo uma redução da qualidade dos serviços.
Actualmente, as urgências da Maternidade contam com 34 especialistas, um número bastante reduzido que, para a coordenadora do Serviço de Urgências, Clara Soares, se deve «às diferentes ofertas que são feitas quer nível do sector privado, quer ao nível dos hospitais público-privados, que não têm modo de ser acompanhados na função pública».
Os actuais estatutos da MAC não permitem a renovação de quadros. Os médicos acabam por optar pelos hospitais cujas as parcerias são publico-privadas.
Numa altura em que a contenção orçamental é para todos, Clara Soares diz que não entende por que é que a fusão entre o hospital Dona Estefânia e a Maternidade Alfredo da Costa ainda não aconteceu.
A manter-se este quadro, os profissionais de saúde garantem que os serviços de urgência podem estar em causa e dizem mesmo não perceber por que se pensa nesta altura em abrir novas unidades de saúde, como o hospital de Loures.