Fasquia dos 100 mil turistas no museu e no parque arqueológico será alcançada no ano em que a Arte Rupestre do Vale do Côa comemora um quarto de século de Património Mundial da UNESCO.
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Este sábado (2 de dezembro) vão cumprir-se 25 anos sobre a classificação da Arte Rupestre do Vale do Côa como Património Mundial da UNESCO. As gravuras que não sabiam nadar, e cuja importância fez parar a construção de uma barragem em Vila Nova de Foz Côa, em 1996, continuam a atrair milhares de turistas todos os anos.
Aida Carvalho, presidente da Fundação Côa Parque, que gere o museu e o parque arqueológico, admite que em 2023 vai bater o recorde de visitantes, atingindo pela primeira vez os "100 mil".
Para este número contribui em larga escala o Museu do Côa, inaugurado em 2010. Para além de ser a porta de entrada no Parque Arqueológico do Vale do Côa, não tem as limitações de visita existentes nos núcleos de gravuras visitáveis.
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"Este ano tem sido muito positivo. Tivemos o melhor verão desde a abertura do parque arqueológico e do museu", explica Aida Carvalho. Para fechar as contas ainda falta o mês de dezembro, mas se tudo correr como previsto será possível atingir os três dígitos, o que "para um projeto localizado no interior do país é um feito histórico".
A ambição de chegar aos 500 mil euros anuais de receitas próprias ainda não foi alcançada, mas Aida Carvalho diz que "está próximo". Para o conseguir, a responsável conta com diversas fontes de receita, como "bilheteira, mecenato e candidaturas a financiamentos nacionais e estrangeiros".
Para assinalar os 25 anos de Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a Côa Parque vai inaugurar a 13 de dezembro uma exposição de quase 80 obras da artista Paula Rego.
A coleção que vai ser mostrada na sala de exposições temporárias do Museu do Côa, tem curadoria de Catarina Alfaro, responsável pela Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, e fica até 29 de julho de 2024.
Esta exposição apresenta obras do período do reconhecimento e afirmação de Paula Rego em Londres, durante os anos 1980, e desenvolve-se a partir da apresentação de trabalhos que justificaram o reconhecimento internacional da artista, incluindo séries referenciais do seu percurso, como as litografias de Jane Eyre ou o conjunto de gravuras e pinturas "Sem título", de 1998-2000, mais comummente conhecido como a série do aborto.
A presidente da Fundação Côa Parque explica que não há custos adicionais para visitar a exposição "Paula Rego - Rotura e Continuidade", que "foi pensada tendo em conta o contexto do vale do Côa". "Quem comprar a bilhete de acesso ao Museu, pode visitar livremente as obras de Paula Rego", salienta.