O Conselho de Veteranos proibiu o "gozo do caloiro" para evitar riscos de contágio. Reitor garante que universidade vai ter "tolerância zero" para excessos.
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É proibido o ajuntamento de mais de dez pessoas, não pode haver atividade física que aumente o risco de contágio e os estudantes têm de manter uma distância de dois metros entre si.
O Conselho de Veteranos, entidade que regula a praxe, reuniu-se na segunda-feira e decidiu que "as atividades praxísticas vão ser alteradas e adaptadas para a nova normalidade" e o "gozo do caloiro" está proibido.
Os "eventos de rua, brincadeiras e jogos não vão ocorrer", porque o responsável do Conselho de Veteranos, Matias Correia, considera que "a praxe que causa risco de contágio é o gozo do caloiro". No entanto, não foram cancelados "outros tipos de praxe que compõem a Universidade de Coimbra e que podem acontecer em tempos de pandemia". Por exemplo, "a relação que estamos a incentivar é a relação entre padrinho e afilhado, que é uma interação mais pessoal, que não envolve eventos em massas".
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Ao mesmo tempo, o Conselho de Veteranos vai também permitir "praxes dentro de repúblicas e nas casas comunitárias de estudantes, porque muitas vezes envolvem só dois ou três intervenientes. E já que estão na mesma casa, não vemos razão para que seja suspensa". O estudante assegura que a praxe vai servir apenas para mostrar a cidade e a instituição.
Já o reitor da Universidade de Coimbra vai dirigir-se aos estudantes "antes da praxe poder existir. Depois, sempre que for necessário, farei a pedagogia e tomarei as decisões que tiver de toma", assegura. Amílcar Falcão explica que "vai haver acolhimento dos caloiros, mas sempre com as regras de distanciamento social, utilização de máscara e nada de excessos". Isto, porque o reitor considera que "o acolhimento dos novos estudantes é um processo importante" para dar a conhecer a universidade.
O reitor sublinha ainda que "a tolerância para excessos, sejam eles quais forem, e discriminação é zero. Ninguém é obrigado a ser praxado, por um lado, e por outro não estamos em época de praxe, estamos em época de tentar perceber que temor de ter um ano letivo o mais normal possível".
As aulas do primeiro ano do ensino superior começam no dia 6 de outubro. A Universidade de Coimbra vai receber três mil novos estudantes.
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