A Comissão de Utentes da Via do Infante admitiu, esta segunda-feira, que o tempo para recorrer aos tribunais contra a introdução de portagens naquela estrada é curto.
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A Comissão de Utentes da Via do Infante fez saber na sexta-feira que iria avançar com uma providência cautelar, mas a publicação em Diário da República do diploma que estabelece a introdução das portagens veio alterar os planos.
«A situação agora está mais complicada porque o Governo e o Presidente da República actuaram acertadamente» e «não tinham qualquer intenção de evitar as portagens», disse o presidente da comissão, acusando Cavaco Silva de ter feito uma «manobra».
João Vasconcelos lamentou não ter tido acesso ao decreto de lei, que «esteve guardado a sete chaves», o que impediu a comissão «de accionar a providência cautelar em tempo útil».
«Pensávamos que era um pouco mais tarde, tendo em conta o pedido de explicações do Presidente da República», mas «vamos ver se ainda é possível», garantiu.
«A situação agora está muito mais complicada», lamentou, garantindo, no entanto, que «independentemente da introdução de portagens a luta não irá parar».