O PCP considera que o negócio relativo ao Porto e Terminal de Contentores de Lisboa é uma aberração e suspeita que acabará com a entrega a privados. O PSD acusou os comunistas de agitarem fantasmas antes de ouvirem as explicações do Governo.
Corpo do artigo
O PCP questionou, esta quinta-feira, a política do Governo para o Porto de Lisboa e Terminal de Contentores, um negócio que os comunistas dizem ser de «águas turvas e lamacentas».
Considerando que este negócio é uma aberração, os comunistas disseram que suspeitam que o Executivo quer entregar estas infraestruturas a privados.
No Parlamento, Bruno Dias disse que desconfia mesmo que este negócio pode envolver «ponte escondida com pilar de fora ou túnel escondido com boca de fora».
«O que temos é um sistema em que a tal terceira travessia do Tejo que os senhores inviabilizaram pode aparecer aqui subitamente ao colo de uma Lusoponte qualquer fruto de um facto consumado que seja imposto a esta região e país», acrescentou.
Na resposta, o social-democrata António Proa acusou os comunistas de agitarem fantasmas sem antes ouvirem as explicações do Governo sobre este projeto que envolve um investimento de mil milhões de euros.
«Oitenta por cento do investimento será privado. É um investimento que visa dinamizar e potenciar a aposta no turismo através do desenvolvimento do Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia», adiantou.
António Proa disse também que se pretende apostar na «movimentação de contentores com a criação de um terminal de contentores na Trafaria, com a salvaguarda da atividade piscatória que lá existe».