A TSF sabe que o concurso público internacional para adjudicação de obras foi anulado e o processo voltou à estaca zero. Não há previsão para o arranque das obras.
Corpo do artigo
São a principal obra do Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL) e prometem acabar com 80% das cheias na cidade. Os dois túneis que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) quer construir entre Santa Apolónia e Monsanto, e entre Chelas e o Beato, estão orçamentados em 106 milhões de euros e foram alvo de um concurso público internacional para a adjudicação das obras.
A TSF sabe que a autarquia recebeu 17 propostas, mas todas apresentaram valores acima do preço base e por isso o concurso ficou sem efeito.
Com o processo na estaca zero, a CML terá agora de lançar um novo concurso, o que vai atrasar a execução do PGDL que foi revisto há já três anos. A previsão inicial para o arranque da construção dos túneis era o ano de 2018.
TSF\audio\2018\11\noticias\30\maria_miguel_cabo_cheias_lisboa
Em plena época de cheias, não há qualquer previsão para o início das obras, o que deixa antever a continuação de graves inundações em várias zonas da cidade durante os próximos anos. Só esta quinta-feira, a Proteção Civil registou dezenas de inundações e várias ruas alagadas devido à chuva persistente.
As duas estruturas que prometem escoar a água em excesso para o rio Tejo deverão demorar pelo menos quatro anos a ser construídas e vão implicar constrangimentos no trânsito em várias zonas - Campolide, Avenida da Liberdade, Avenida Almirante Reis, Santa Apolónia, Chelas e Beato. No primeiro caso, o túnel que será construído entre Santa Apolónia e Monsanto terá 5 km de extensão; no segundo caso, o túnel entre Chelas e o Beato terá 1 km de extensão.
Além da construção dos túneis, o PGDL contempla outras obras menores já executadas ou em execução, como a criação de bacias de retenção e de absorção, de coletores de maiores dimensões e o reforço da rede existente, num investimento global de 180 milhões de euros.