Confiança dos consumidores e clima económico superam em maio níveis pré-pandemia
O INE garante que o indicador de confiança dos consumidores aumentou significativamente nos últimos três meses, atingindo o valor máximo desde fevereiro de 2020.
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Os indicadores de confiança dos consumidores e de clima económico continuaram a aumentar "significativamente" em maio, à semelhança dos dois meses anteriores, superando os níveis do início da pandemia, informou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com os inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores, divulgados esta sexta-feira, "o indicador de confiança dos consumidores aumentou significativamente nos últimos três meses, atingindo o valor máximo desde fevereiro de 2020 (resultados do último inquérito não afetados pela evolução da pandemia)".
O indicador de clima económico "também aumentou de forma expressiva entre março e maio, superando o nível observado no início da pandemia (março de 2020)".
Segundo o INE, o indicador de confiança dos consumidores recuperou de -17,1 pontos em abril para -12,8 pontos em maio e o indicador de clima económico avançou de 0,8 pontos para 1,8 pontos.
Em maio, os indicadores de confiança aumentaram em todos os setores considerados: Indústria transformadora, construção e obras públicas, comércio e serviços.
Apenas o indicador de confiança dos serviços ainda não superou o nível registado em março de 2020.
Na indústria transformadora, o indicador de confiança "aumentou significativamente em maio, atingindo o máximo desde março de 2018", enquanto na construção e obras públicas "aumentou em abril e maio, depois de ter estabilizado em março, atingindo o máximo desde janeiro de 2020".
Já o indicador de confiança do comércio aumentou entre março e maio, após ter diminuído nos dois primeiros meses do ano, superando o nível observado em março de 2020.
O indicador de confiança dos serviços "aumentou significativamente nos últimos três meses, prolongando o perfil ascendente iniciado em junho de 2020", mas "mantendo-se, ainda assim, num nível inferior ao verificado no período pré-pandemia", aponta o instituto.
De acordo com o INE, a evolução em maio do indicador de confiança dos consumidores "resultou sobretudo do contributo positivo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país".
As restantes componentes - expectativas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes e opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar - "também contribuíram positivamente", mas "de forma ténue nos últimos dois casos".
O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país "aumentou expressivamente" entre março e maio, aproximando-se dos valores registados nos primeiros meses de 2020, antes do início da pandemia.
O INE analisou ainda a evolução do indicador de confiança dos consumidores durante o período da pandemia por quartil de rendimento mensal líquido, tendo verificado que este indicador "recuperou de forma mais acentuada" nos quartis de rendimentos mais elevados e que a diferença entre os quartis de maior e menor rendimento aumentou durante a pandemia.
Para o inquérito de conjuntura de maio de 2021, os períodos de recolha de informação decorreram entre 1 e 16 (dias úteis) deste mês, no caso do inquérito aos consumidores, com 1302 respostas obtidas (entrevistas telefónicas), e entre 1 e 23 no caso dos inquéritos às empresas.
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