Falando sobre a reunião do Conselho de Estado de sexta-feira, Luís Filipe Menezes assegurou que houve consenso na ideia de que o «Governo e a coligação têm condições para governar».
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Luís Filipe Menezes garantiu que houve consenso no Conselho de Estado sobre necessidade de «sacrifícios durante alguns anos» e de «estabilidade política» no país.
Este conselheiro de Estado, que lembrou que a reunião de sexta-feira deste órgão consultivo do Presidente da República juntou à mesma mesa pessoas de «vários espectros políticos», disse ainda que houve consenso na ideia de que o «Governo e a coligação têm condições para governar».
«Foi consensual que o maior partido da oposição deve ter um papel pró-ativo em assegurar a governabilidade e que temos de ter cuidado de ter medidas que assegurem a coesão social e que os portugueses compreendam os sacrifícios», sublinhou.
O presidente da câmara de Gaia indicou ainda que também houve consenso sobre o facto de alterações propostas pelo Governo para a TSU «não saíram de forma bem intencionada, escorreita e positiva».
«O primeiro-ministro, na sua primeira intervenção, disse que no âmbito da concertação social o Governo está disponível para reequacionar essa medida e reconvertê-la de uma forma que seja o mais consensual possível», adiantou.
Para este ex-presidente do PSD, este recuo não enfraquece o Governo, mas «reforça o país», uma vez que «para o exterior passa uma ideia muito importante de que vamos continuar a preservar num caminho para recuperar as contas públicas».
«Para o interior do país, passa a ideia de que a austeridade é absolutamente indispensável, mas que essa austeridade deve ser temperada com bom senso, coesão social, com medidas de carácter social pró-ativas, que resolvam os problemas dos portugueses mais desfavorecidos», concluiu.