Os saldos começam oficialmente esta segunda-feira, mas os comerciantes não têm grandes expectativas.
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Ao contrário dos três primeiros trimestres do ano que, segundo os comerciantes "correram muito bem", nos últimos meses do ano houve um abrandamento do consumo e o Natal não foi exceção. O vice-presidente da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal (CCP) sublinha que " quer para o comércio de rua, quer nos centros comerciais, as vendas ficaram aquém do que eram as expectativas", sobretudo nas zonas de Lisboa e Algarve onde se verificaram intempéries.
Após a subida das taxas de juro na habitação e do preço da energia, as famílias deixaram de consumir tanto como tinham feito nos primeiros meses do ano.
No entanto, no que diz respeito a bens de maior valor, " as coisas correram bastante bem". Vasco Melo sublinha que a classe com maiores rendimentos continuou a consumir e que "isso se nota nos bens de luxo como joalharia e alta relojoaria".
Também no bacalhau, o comércio do produto " foi dos melhores dos últimos anos". "Normalmente tinham sobras para janeiro e fevereiro e esgotaram todo o stock", adianta. Por isso, "nos produtos de maior valor, não terá havido problemas".
Quanto aos saldos que começam neste dia 26 de dezembro, " a expectativa não existe". Os comerciantes sublinham que já forma feitos campanhas de descontos, prevendo uma baixa de consumo. "Está generalizada a baixa expectativa junto dos retalhistas e junto dos consumidores vemos muito receio em relação ao que poderá trazer 2023", conclui.