Costa compromete-se com novas residências universitárias (mas ouve recados dos estudantes)
Até 2026, o Estado planeia investir 516 milhões de euros em novas residências universitárias.
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O Governo vai investir, com a ajuda do Plano de Recuperação e Resiliência, 516 milhões de euros em residências universitárias, e as primeiras 335 camas, em Lisboa, já tiveram o aval de António Costa. Mas o primeiro-ministro deixou a cidade universitária com recados dos jovens estudantes.
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Com Carlos Moedas ao lado, António Costa inaugurou o primeiro edifício da nova residência universitária de Lisboa (são três no total), e lamentou que "a maior barreira no acesso ao ensino superior seja o alojamento". O objetivo é que, até 2030, 60% dos jovens portugueses com 20 anos estejam no ensino superior.
No total, até 2026, o Estado planeia investir 516 milhões de euros, o que representa "passarmos de 157 para 243 residências" e mais de 26 mil camas, números lançados por António Costa.
Os estudantes olham para a nova residência como uma mais-valia, a apenas três minutos das várias faculdades, mas não deixam de alertar o Governo para o que ainda falta fazer. Foi o caso do aluno Diogo Ferreira Leite, que deixou um alerta.
"A promessa de um ensino superior que se quer universal e acessível para todos, ainda está por concretizar. Ainda neste ano letivo, foram notórios os casos de estudantes que estiveram perto de abandonar o ensino superior, devido aos predatórios preços do acesso à habitação digna", recordou.
E também a aluna Madalena Coelho, natural de Santarém e que agora reside num dos novos quartos da residência, falou diretamente para António Costa, lembrando o "preço das casas em Lisboa que sobe cada vez mais com o passar dos anos".
"Cada vez é mais raro encontrarmos senhorios que se disponibilizam a passar contratos, que ficam desimpedidos de subir os preços a meio do ano, sem razão alguma", lamentou.
Há muito por fazer, no que toca à habitação, o recado dos jovens estudantes para o primeiro-ministro ainda em funções, que não deixou de fazer uma nova promessa.
António Costa garante que, num dos próximos conselhos de ministros, vai ser aprovada a resolução para que as obras dos dois edifícios que faltam comecem o mais rápido possível.