Costa e as cheias: "Passa pela cabeça de alguém que, sendo possível utilizar fundos europeus, não vamos utilizar?"
O primeiro-ministro admite recorrer aos fundos, mas lembra que, primeiro, "é necessário fazer o levantamento dos danos".
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O debate no Parlamento foi de preparação para o Conselho Europeu, mas a discussão ficou marcada por temas laterais, desde logo, o temporal em Portugal, com vários pontos do território a terem de lidar com cheias.
Os deputados questionaram António Costa, sobre se o Governo está disponível para acionar o fundo de solidariedade da União Europeia. O primeiro-ministro responde que sim, mas com cautelas, já que, primeiro, "é necessário fazer o levantamento dos danos".
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"Portugal acionou sempre o fundo de solidariedade da União Europeia, sempre que se verificaram os requisitos para o fazer. Ora, o primeiro requisito é conhecer a estimativa dos danos", explicou.
O primeiro-ministro acrescentou que "não é possível acionar o fundo" sem que se conheçam os montantes dos danos. Ainda assim, os deputados insistiram e pediram uma resposta clara de António Costa, o que obrigou o chefe de Governo a levantar a voz.
"Mas passa pela cabeça de alguém que, sendo possível utilizar o fundo, não o vamos utilizar? É que é uma pergunta tão sem sentido que nem tinha percebido bem que era essa a pergunta", criticou.
A chuva intensa e persistente que caiu de madrugada causou centenas de ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas nos distritos de Lisboa, Setúbal e Portalegre, onde há registo de vários desalojados.
Na zona de Lisboa, a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, que levaram as autoridades a apelar às pessoas para permanecerem em casa quando possível e para restringirem ao máximo as deslocações.
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