Costa é "grande referência". Pedro Nuno quer "lutar para que portugueses vivam melhor"
O candidato defende que o PS é "a única plataforma que consegue conciliar o progresso social e o progresso económico".
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O candidato a secretário-geral do PS Pedro Nuno Santos assumiu esta sexta-feira que António Costa é "uma grande referência", com quem o partido pode "sempre contar" e sublinha que a sua motivação é "lutar para que o povo português possa viver melhor em Portugal".
Em dia de eleições internas no PS, Pedro Nuno Santos, que exerceu o seu direito de voto em São João da Madeira, município de onde é natural, não deixou de destacar o "orgulho" que sente no "legado do PS".
"Estes foram anos muito importantes para nós - para o país e para o PS - e temos muito orgulho nos resultados e agora queremos dar um novo impulso para conseguirmos construir um Portugal inteiro", afirma, em declarações aos jornalistas.
O antigo ministro das Infraestruturas e da Habitação insiste que está "orgulhoso dos resultados da governação" e aponta que o seu objetivo é dar "um novo impulso" ao país e "continuar os resultados positivos e resolver os problemas que persistem".
"Nós temos ainda muitos problemas e queremos resolvê-los. Muitos portugueses que vivem na pobreza, há ainda muitas desigualdades no país, problemas nos serviços públicos, problemas no acesso à habitação e o que me motiva é lutar para que o povo português possa viver melhor em Portugal", assegura.
Questionado pelos jornalistas sobre o seu estado de espírito, Pedro Nuno Santos afirma que é de "grande confiança e de vontade de encerrar este capítulo interno" para dar início ao diálogo "com os portugueses" a fim de "conquistar as eleições" de 10 de março.
Pedro Nuno destaca igualmente a "grande mobilização" que o partido levou a cabo e afirma que esta foi uma etapa necessária para "mobilizar o país".
O candidato a líder do PS sublinha ainda que os socialistas "contam com o primeiro-ministro" e assume que António Costa "é uma grande referência".
"Nós temos orgulho nele, no trabalho dele e obviamente que contará connosco", vinca.
Confrontado com um cenário em que o vitorioso das eleições do PS é José Luís Carneiro, o antigo governante garante que o partido "pode contar sempre" com o seu apoio, "seja em que função for".
"Foi sempre assim desde que eu entrei para a JS com 14 anos e será sempre assim enquanto eu cá estiver", atira, acrescentando que o PS, "ao contrário de outros partidos", "sempre foi capaz de congregar e de unir".
Pedro Nuno Santos elogia ainda o "ânimo" dos militantes durante a sua campanha e assegura que o seu partido é "a única plataforma que consegue conciliar o progresso social e o progresso económico, dando um novo impulso ao país".
"Eu admito continuar a dar ao partido, seja de que forma for, como sempre dei", remata.
Cerca de 60 mil militantes socialistas escolhem, entre esta sexta-feira e sábado, o sucessor de António Costa como secretário-geral do PS, cargo ao qual se candidataram José Luís Carneiro, Pedro Nuno Santos e Daniel Adrião.
O processo eleitoral no PS foi aberto com a demissão de António Costa das funções de primeiro-ministro, em 7 de novembro, após ser tornado público que era alvo de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, no âmbito da Operação Influencer.
Além do novo líder do partido, os socialistas vão eleger 1.400 delegados (aos quais se juntam 1.100 delegados por inerência) ao Congresso Nacional, que se reunirá entre 5 e 7 de janeiro, na Feira Internacional de Lisboa.