Os dois governos, António Costa e Pedro Sanches chegaram a esta cimeira com uma posição concertada.
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O projeto de conclusões do Conselho Europeu reconhece que Portugal e Espanha podem adotar "medidas excecionais e temporárias", para controlar os preços da energia a nível nacional.
Bruxelas dá luz verde para que os dois países ibéricos possam seguir um modelo único, que à partida estará vedado aos restantes países da União Europeia.
A exceção ibérica foi muito contestada por algumas delegações, e isso também explica a demora para concluir esta cimeira. O primeiro-ministro espanhol terá mesmo ameaçado abandonar os trabalhos caso não saísse de Bruxelas sem uma medida aceitável.
Portugal e Espanha chamadas Ilhas energéticas, do ponto de vista da rede europeia de energia. Batem-se há vários anos pela conclusão das interligações à rede europeia. E isso é um fator, visto pelos dois países como penalizador, para lidar com a subida de preços.
Os dois governos, António Costa e Pedro Sanches chegaram a esta cimeira com uma posição concertada para trabalharem sobre um preço de referência para o gás, limitando o impacto sobre a formação do preço da eletricidade.
"Tanto Portugal como Espanha apresentamos uma proposta rigorosa do ponto de vista técnico, sólida, que não põe em causa o funcionamento do mercado energético europeu, e que creio que podia também dar a ambos os governos a capacidade de poder responder de forma muito mais contundente a este preço de gás e ao impacto sobre o preço da eletricidade", explica Sanchez.