O primeiro-ministro referiu que "não conhecia" o e-mail do ex-secretário de Estado Hugo Mendes.
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Em resposta a António Costa, que considera gravíssimo o e-mail que o ex-secretário de Estado Hugo Mendes enviou à presidente executiva da TAP sobre o chefe de Estado, Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda que está na comissão parlamentar de inquérito à companhia aérea, afirmou que a empresa foi sugada por "prémios aos gestores e contratos ruinosos" que só beneficiaram o acionista privado.
"Costa garantiu o aumento da presença do Estado, mas não uma gestão pública competente. A escolha não pode ser entre um privado que destrói a TAP e as trapalhadas do Governo", escreveu Mariana Mortágua no Twitter.
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Esta posição de António Costa foi transmitida em resposta à agência Lusa antes de partir para uma visita de dois dias à Coreia do Sul, depois de questionado sobre o teor do polémico e-mail do ex-secretário de Estado das Infraestruturas, que se tornou público na comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP.
António Costa referiu que "não conhecia" esse e-mail "e, se tivesse conhecido, teria obrigado o ministro [das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos] a demiti-lo, na hora".
Na terça-feira, na comissão parlamentar de inquérito sobre a TAP, o deputado da Iniciativa Liberal Bernardo Blanco confrontou Christine Ourmières-Widener com uma troca de emails com o então secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, sobre uma eventual mudança de data de um voo que tinha como passageiro o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.
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Nesse email que dirigiu à presidente executiva da TAP, o ex-secretário de Estado das Infraestruturas Hugo Mendes argumentava que era importante manter o apoio político de Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que era o "principal aliado" do Governo mas que poderia tornar-se o "pior pesadelo".
Neste ponto, ainda em resposta à agência Lusa, o primeiro-ministro sustentou que a atuação de Hugo Mendes não corresponde "de forma alguma" ao padrão de relacionamento do seu executivo com as empresas públicas.
Questionado sobre o seu relacionamento institucional com a administração cessante da TAP, o líder do executivo disse que só se reuniu uma vez com a presidente da comissão executiva, Christine Ourmières-Widener, para esta lhe apresentar o plano de reestruturação da transportadora aérea nacional.