O secretário-geral do PS, António Costa, disse hoje que o primeiro-ministro tem «usado e abusado da imunidade política» que o «senhor Presidente da República lhe ofereceu» e explicou que aguarda respostas de Passos Coelho sobre as dívidas à Segurança Social.
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Primeiro a resposta às nove perguntas que o PS colocou ao primeiro-ministro. Depois, a decisão se pede a demissão, ou não, de Pedro Passos Coelho.
O primeiro-ministro tem o dever de responder, defende o líder socialista. «O comportamento correto era o primeiro-ministro ter respondido logo, era a maioria não ter inviabilizado a resposta na Assembleia como o PS propôs», advoga.
António Costa considera que o primeiro-ministro tem imunidade política concedida pelo Presidente da República e garante que Passos Coelho tem «usado e abusado» dessa imunidade.
«O senhor primeiro-ministro tem usado e abusado da imunidade concedida pelo Presidente da República e não percebe que quem exerce funções públicas está sujeito ao dever de explicação e esclarecimento dos cidadãos sobre os atos que pratica», acrescenta.
Diz o secretário-geral do PS que para um país que vive um momento de martírio, o Governo se mostra insensível aos dramas dos portugueses, e dá exemplos:
«A maioria chumbou na semana passada as propostas que pretendiam suspender as penhoras da casa própria por dívidas ao fisco. A norma travão para o crescimento do IMI é uma ameaça à casa própria de muitas famílias. Ora, quem se comporta assim tem um dever político acrescido», frisa.
António Costa afirma que o esclarecimento de Pedro Passos Coelho deveria ter sido imediato. O adiamento da resposta às perguntas colocadas pelo PS é «inaceitável», diz o secretário-geral dos socialistas.