Pedro Passos Coelho afirmou hoje que o debate está a entrar em questões pessoais. «Ninguém esperará que eu seja um cidadão perfeito», acrescenta.
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Pedro Passos Coelho, líder do PSD, primeiro-ministro, admite que tem falhas e que por isso não é «um cidadão perfeito», mas assegura que tem a situação fiscal regularizada: «Não tenho nenhuma dívida ao Fisco e quem, por via do seu zelo, quiser invadir a minha esfera privada hoje para falar de declarações que possa ter apresentado fora de prazo e com multa, multas de trânsito que possa ter tido ou qualquer outro facto desta natureza, não encontrará nunca no cidadão Pedro Passos Coelho ninguém que como primeiro-ministro usou o lugar que tinha».
Passos Coelho considera assim que o seu cadastro fiscal é assunto da sua esfera privada e por isso, diz, a discussão «vai-se descentrando do foco político para o foco pessoal».
O líder do PSD e chefe de Governo acrescenta: «Insiste-se em querer atribuir relevância política e mediática a aspetos de natureza pessoal muitas vezes centrados em mim próprio».
O primeiro-ministro diz que está preparado para enfrentar um debate, que, na ótica dele está a afastar-se da esfera política e a entrar na vida pessoal. «Eu e a minha família estamos preparados para neste ano de eleições enfrentar todo esse tipo de debate político».
Passos escolhe também a comunicação social como alvo: «Há jornalistas que querem expor episódios da minha vida fiscal apenas com o propósito de querer sugerir que somos todos iguais».
Em consciência, diz Passos Coelho, cumpriu sempre aquelas que achou que eram as suas obrigações. E garante que quando isso não aconteceu, corrigiu-as «imediatamente».