Estudo revela que 80,3% de grávidas que dizem ter sentido "impacto negativo na vigilância da gravidez" devido à Covid-19. Médicos preocupados com possível crescimento do número de casos de depressão ou ansiedade.
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Um estudo do Hospital Dona Estefânia revela que mais de 80% das grávidas sentiu impactos negativos na vigilância da gravidez, com ansiedade ou stress, devido à pandemia da covid-19. São os primeiros resultados de um inquérito promovido pelo Centro de Estudos do Bebé e da Criança do Hospital Dona Estefânia.
O estudo "COVID-19 e Saúde Mental na Gravidez" foi lançado a 25 de abril e pretende avaliar o impacto da pandemia na saúde mental das grávidas. Com uma amostra de 1750 respostas já obtidas, os investigadores contabilizam 80,3% de grávidas que dizem ter sentido "impacto negativo na vigilância da gravidez" devido à Covid-19.
Os aumento dos casos de ansiedade e de depressão, surpreendeu os investigadores e concretamente o pedopsiquiatra, Pedro Rafael Figueiredo. Embora a patalogia só possa ser sinalizada em consulta psiquiátrica, o clínico considera que os números agora revelados "Indicam uma forte possibilidade deste diagnostico acontecer".
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Os fatores que mais contribuíram para este sentimento foram o adiamento de consultas programadas (cerca de metade dos casos) e o adiamento de ecografias de primeiro, segundo e terceiro trimestres da gravidez, em 20% dos casos.
"Os núemros haibtuais destes sintomas rondam os 10 a 15%", explica Pedro Rafael Figueiredo."É bastante relevante este aumento (...) O nosso apelo é que, de facto, estas questões sejam faladas, e as mulheres ajudadas".
"Estes indicadores são muito relevantes. Colocam-nos a pensar que estas gráviadas devam ter acompanhamento de saúde mental", diz que todas as gravidas com sintomas de depressão ou ansiedade peçam ajuda ao seu médico de família, psícologo e psiquiátra".
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Os resultados do estudo, sublinham a necessidade de um acompoanhamento na area da saude mental para as grávidas.
O inquérito sobre o impacto da Covid-19 na gravidez vai continuar disponível online por mais algumas semanas.
https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/nascer-no-meio-de-uma-pandemia-as-marcas-que-podem-ficar-nos-bebes-e-nos-pais-12018342.html
Ao mesmo tempo, desde 16 de maio está disponível um outro inquérito dedicado a avaliar o estado mental das mulheres que estejam em período pós-parto.
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