Reservas ainda são abundantes, mas cenário é imprevisível. Algumas das principais fontes de colheita estão paradas.
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O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) admite que é imprevisível o futuro das reservas de sangue com o prolongar da pandemia do novo coronavirus.
Por agora as reservas que existem dão para um tempo confortável, mas a presidente, Maria Antónia Escoval, admite à TSF que numa altura que devia ser de pico de colheitas o isolamento de grande parte do país reduziu bastante as colheitas. "Neste momento temos dias de reserva confortáveis, mas é imprevisível o desenvolver da situação... Dependemos da boa vontade das pessoas e não sabemos como será a resposta dos dadores e os consumos", detalha.
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O coronavírus, pelo que se sabe, não se transmite pelo sangue, mas o IPST implementou algumas medidas por precaução por ser uma infecção nova.
O maior perigo da doença é o impacto que o isolamento social tem sobre as colheitas que nas empresas e universidades tiveram de ser canceladas.
"A grande ameaça da Covid-19 é sobre a sustentatbilidade do fornecimento de sangue" devido ao isolamento que leva a que menos pessoas doem sangue.
A atividade normal teve de ser "completamente reagendada", sendo que o IPST espera 'viver' com sessões de colheita todos os dias, incluindo ao domingo, "mas durante a semana nas escolas, organizações e escolas tudo teve de ser cancelado".
Maria Antónia Escoval dá o exemplo do ensino superior que nesta altura devia ser uma fonte abundante de sangue que está, na prática, cortada com o fecho das universidades e politécnicos.
Sinal positivo é que a quebra nas colheitas de sangue tem sido até agora compensada pela quebra da atividade não urgente nos hospitais, sendo que ainda não é certo qual será a procura de sangue quando surgirem mais casos graves de Covid-19.