
Nuno Crato
Global Imagens/Reinaldo Rodrigues
Num comentário às recomendações do Conselho Nacional de Educação, o ministro da Educação diz que o relatório é equilibrado mas recusa o compromisso das recomendações.
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O ministro da Educação diz que o objetivo de reduzir o número de chumbos dos alunos portugueses não significa menos exigência.
Durante a visita a uma escola básica em Lisboa, Nuno Crato comentou as recomendações do Conselho Nacional de Educação, o órgão de consulta do Governo liderado pelo ex-ministro David Justino, que denuncia o uso excessivo do chumbo e defende a revisão dos exames do 4º e 6º anos.
O Conselho diz que é preciso encontrar alternativas aos chumbos, com mais apoio aos alunos, sendo que a ideia essencial é identificar precocemente os estudantes com mais necessidades.
Nuno Crato diz que o Governo «está em sintonia com as preocupações do Conselho Nacional de Educação no que se refere à redução da taxa de retenção» mas lembra que «reduzir a retenção não se pode fazer através de passagens administrativas. Nós queremos que os alunos passem mas sabendo».
A recusa do facilitismo, sublinha o ministro da Educação, passa pela aposta num conjunto de medidas já desenvolvido pelo Governo que inclui a definição de metas curriculares ou horas especiais «para acompanhamento de alunos que tenham dificuldades ou necessidades de tipo vário».
Quanto à manutenção do atual modelo das provas de avaliação, Nuno Crato lembra que «a avaliação externa é uma parte essencial deste incentivo ao sucesso».
As provas são, por isso, para manter. Já sobre o aumento do número de alunos por turma, cerca de 30, o ministro não respondeu às perguntas dos jornalistas.