Daniel Adrião lamenta falta de "oportunidade para debate mais alargado" na corrida à liderança do PS
O socialista sublinha que as eleições no partido aconteceram "num ambiente particular de eleições legislativas em março".
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As urnas ainda não fecharam, mas Daniel Adrião já se mostrou pouco confiante na corrida à liderança do PS. O candidato lamentou este sábado que as eleições para escolher o novo secretário-geral do partido tenham acontecido "num ambiente particular" e "sem oportunidade para fazer um debate mais alargado".
"O que correu mal foi o facto de terem sido umas eleições internas sobretudo baseadas na escolha do candidato do PS a primeiro-ministro", disse Daniel Adrião em declarações aos jornalistas, à chegada à sede do partido no Rato.
O candidato à liderança do PS sublinhou que "não houve oportunidade para fazer um debate mais alargado" e o facto destas eleições terem acontecido "num ambiente particular de eleições legislativas em março".
Com um discurso pouco otimista, Daniel Adrião admitiu ainda que "o objetivo na candidatura não era ter o maior número de votos, mas congregrar o maior número de vontades".
Daniel Adrião espera que, independentemente do vencedor, venha daí um "líder magnânimo, inclusivo e capaz de chamar todos, para o PS se apresentar nas próximas eleições com máxima força".
Cerca de 60 mil militantes socialistas escolhem o sucessor de António Costa como secretário-geral do PS, cargo ao qual se candidataram José Luís Carneiro, Pedro Nuno Santos e Daniel Adrião.
Além do novo líder do partido, os socialistas vão eleger 1400 delegados (aos quais se juntam 1100 delegados por inerência) ao Congresso Nacional, que se reunirá entre 5 e 7 de janeiro, na Feira Internacional de Lisboa.