A seda foi registada e reconhecida no Instituto Nacional da Propriedade Industrial como denominação de origem protegida e indicação geográfica.
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Sónia Lopes é uma das oito tecedeiras que trabalha no Museu da Seda e do Território. Não será das mais conhecidas, mas quem sabe o que é a seda de Freixo de Espada à Cinta fala de qualidade e de um toque suave.
A seda até já foi registada e reconhecida no Instituto Nacional da Propriedade Industrial como denominação de origem protegida e indicação geográfica.
Há um antigo ministro, agora de novo nas bocas do mundo pela candidatura à liderança do PS, que um dia recebeu uma peça feita desta seda das mãos desta artesã com quem a TSF conversou sobre a arte da tecelagem por terras do Douro.
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Sónia Lopes, tecedeira de 47 anos, explicou que desde 2019 que trabalha na tecelagem e que se trata de um trabalho difícil e com muito pormenor.
"Não é fácil, é um processo lento e demorado. Bem minucioso em que se tem de seguir os pormenores todos", conta à TSF Sónia Lopes.
A paixão pela arte de tecer foi imediata. Sónia Lopes diz que alimentar o bicho é o que mais gosta de fazer.
"Eu gosto de fazer tudo, desde trabalhar no tear, extrair a seda, torcer o fio... gosto do processo todo. A parte que mais me encanta é dar de comer ao bicho, é uma das fases mais bonitas", descreve a tecedeira.
Das mãos da artesã de Freixo de Espada à Cinta já saíram mais de mil peças. Contudo, Sónia Lopes recorda com algum carinho a primeira.
"A primeira que fiz foi uma écharpe, ainda por cima toda trabalhada. Quando é lisa ainda fazemos. Essa écharpe foi para o ministro. Acho que na altura era o ministro das Infraestruturas, agora candidato ao PS, o Pedro Nuno Santos", recorda.
Sónia Lopes vive em Freixo de Espada à Cinta. É uma das oito tecedeiras que trabalha no Museu da Seda e do Território.