PSD pedia um debate de urgência, mas a discussão fica para depois do dia 25 de novembro. PS vai chamar Duarte Cordeiro ao Parlamento, durante o Orçamento.
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O debate de urgência pedido pelo PSD, a que se associou o Chega, sobre a construção de um novo gasoduto em Portugal integrado no Corredor Verde com Espanha e França foi rejeitado, com a oposição da maioria absoluta socialista.
A direita queria discutir as interligações ibéricas depois do Orçamento do Estado e antes de o primeiro-ministro deixar o Parlamento, na tarde de 27 de outubro, mas o PS, em conferência de líderes, recusou. A discussão ficará para depois de 25 de novembro, ou seja, após a discussão na especialidade do Orçamento do Estado.
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No final da reunião que juntou os líderes parlamentares, o deputado socialista Eurico Brilhante Dias justificou a decisão com "o cumprimento do regimento" e "não deixou que o PSD fugisse do debate orçamental". Os socialistas vão pedir, no entanto, uma audição conjunta da comissão de Ambiente e de Assuntos Europeus para ouvir o ministro Duarte Cordeiro sobre o gasoduto ibérico.
"Até 25 de novembro, a Assembleia da República (AR) dedica o seu tempo ao Orçamento do Estado. Mas ficou a abertura para que, com a autorização do presidente da AR, as comissões parlamentares possam reunir-se", explicou.
O líder parlamentar do PS rejeita "cair numa autêntica manobra de diversão", levada a cabo pelo PSD, "tapando o Orçamento com outro debate".
Já o PSD, pela voz do líder parlamentar, Joaquim Miranda Sarmento, lamentou que "o rolo compressor da maioria absoluta" tenha colocado um travão ao pedido social-democrata, para explicar "as vantagens do acordo para Portugal".
Joaquim Miranda Sarmento sublinha que o partido "continua a fazer questão de debater o tema", deixando para depois do Orçamento um novo pedido para que António Costa vá ao Parlamento debater o assunto.