Demissão de Rui Portugal. Ordem dos Médicos quer "estabilidade" de volta à DGS
O subdiretor-geral da Saúde demitiu-se na quarta-feira.
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O bastonário da Ordem dos Médicos espera que, muito rapidamente, volte a haver um clima de estabilidade na Direção-Geral da Saúde. Para Carlos Cortes, a demissão de Rui Portugal vai criar mais instabilidade na DGS.
"Estamos todos à espera do substituto da diretora-geral de saúde, que sabemos também que não irá continuar no seu mandato. Agora não temos o número dois da Direção-Geral da Saúde e o que é muito importante é criar estabilidade na Direção-Geral da saúde, que é um organismo muito importante para o país e tem havido aqui alguns momentos, do ponto de vista da Ordem dos Médicos, de alguma instabilidade. Alguns momentos que tenho considerado, até do ponto de vista técnico, como negativos e espero que agora possa haver aqui espaço para retomar algum equilíbrio, alguma ponderação e algum diálogo, nomeadamente mais frutuoso coma Ordem dos Médicos, porque podemos continuar, em conjunto, a desenvolver aquelas que são as melhores opções para o país e, sobretudo, para a área da saúde", afirmou à TSF Carlos Cortes.
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O subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, demitiu-se na quarta-feira do cargo para o qual tinha sido nomeado em agosto de 2020.
Licenciado em medicina pela Universidade de Lisboa em 1987, Rui Portugal é também especialista em saúde pública e foi coordenador do Gabinete Regional de Intervenção para a Supressão da Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo.
Entre as várias funções e cargos que desempenhou, foi diretor executivo do Plano Nacional de Saúde 2012-2017, presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, administrador do Hospital de Pulido Valente e docente universitário na área da saúde.
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Nas últimas semanas, Rui Portugal tinha assumido as funções de diretor-geral da Saúde, chegando a assinar, a 10 de maio, a orientação sobre os cuidados de saúde durante o trabalho de parto, que mereceu forte contestação da Ordem dos Médicos.
Em abril, o ministro da Saúde tinha dito que a decisão sobre quem vai substituir Graça Freitas à frente da DGS seria tomada até meio do ano, garantindo que não havia qualquer descontinuidade de funções.