Sara Correia, da Associação Ambientalista Zero, revelou que, "no final de julho, a barragem estava com uma quota de 110 metros e isto representa a descida de cerca de mais de um metro em menos de um mês".
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Em Castelo de Bode, a barragem está a fazer descargas desde o início do mês de agosto. A Agência Portuguesa do Ambiente, de acordo com a RTP, deu autorização à EDP para avançar com as descargas como uma medida justificada pela necessidade de manter o caudal do Rio Tejo.
Em declarações à TSF, Sara Correia, da Associação Ambientalista Zero, diz que no último mês a barragem perdeu cerca de um metro no caudal e se no final de agosto a descida for acentuada é "motivo de preocupação".
"No final de julho, a barragem estava com uma quota de 110 metros e isto representa a descida de cerca de mais de um metro em menos de um mês", começa por referir e, neste momento, a ambientalista remete para o final do mês o "que representou em termos de descida da quota da albufeira".
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Pelo que assistiu nos meios de comunicação social, têm sido descarregados "caudais bastante acentuados de uma só vez". "Se não forem feitas descargas de forma muito concentrada e em grandes quantidades, presume-se que seja para assegurar o caudal ecológico".
A ambientalista da Zero acredita que estas descargas não colocaram em causa, pelo menos a curto prazo, o abastecimento público nas regiões servidas pela barragem do distrito de Santarém, mas apela à "cautela".
Desde que foi decretada a limitação da água para produção de energia elétrica, Sara Correia admite uma recuperação do armazenamento de água, "apesar de ainda estar bastante abaixo" do que é normal para o verão.
Mais de metade do país está em seca extrema e desde fevereiro que o Governo restringiu a produção hídrica nas barragens mais desfalcadas. A Barragem de Castelo de Bode abastece três milhões de pessoas na Grande Lisboa.