Desemprego quase duplicou, mais 89%, nos setores do alojamento, restauração e similares.
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O Algarve é, de longe, a região do país onde mais aumentou o número de desempregados inscritos nos centros de emprego.
Num cenário em que praticamente todas as regiões do país, com a exceção dos Açores, registaram uma subida do desemprego, no Algarve essa subida foi, em maio, de 202,4%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Ou seja, a região mais a Sul do país e que tem no turismo a principal fonte de receitas triplicou o número de desempregados: 9.153 em maio de 2019 para 27.675 em maio de 2020.
Também acima da média nacional, Lisboa e Vale do Tejo é a segunda região com maior subida, 42,7%. Seguem-se, abaixo da média, o Alentejo (32,9%), o Centro (25,5%) e o Norte (23,4%).
Na Madeira a subida foi de 10,9% e apenas nos Açores há uma descida de 2,4%.
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Ao todo, olhando para os números nacionais, Portugal teve em maio mais 16 mil desempregados (+4,2%) que em abril ou mais 103 mil (+34%) se compararmos com aquilo que acontecia há um ano.
Desemprego sobe há três meses
Na prática, há três meses consecutivos, desde março, o mês do início da pandemia, que há cada vez mais trabalhadores a baterem à porta dos centros de emprego.
Não surpreende que o setor económico mais afetado inclua o alojamento, restauração e similares numa subida de 89,3% na comparação com maio de 2019.
As ofertas de emprego seguem, naturalmente, em sentido contrário. Desceram 39% na comparação homóloga, mas até aumentaram um pouco, 4%, de abril para maio, com o fim do estado de emergência, o que não foi suficiente para compensar a queda dos meses anteriores.
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