Desinfetar antes de comungar e manter a distância. Conheça as novas regras da DGS
As celebrações de várias confissões religiosas estão de regresso, mas há novas regras a cumprir para evitar a disseminação do novo coronavírus.
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A Direção-Geral da Saúde (DGS) revelou, esta sexta-feira, as normas a seguir nas celebrações religiosas em contexto da pandemia de Covid-19. Entre as recomendações das autoridades de saúde destacam-se a necessidade de desinfeção antes de receber a hóstia da comunhão nos ritos católicos e a especial atenção para a manutenção de dois metros de distância entre pessoas que não coabitem durante as orações.
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Consulte aqui as recomendações da DGS para prevenção e controlo em Locais de Culto e Religiosos.
Na orientação emitida esta sexta-feira, a DGS alerta para a "interação social e proximidade entre membros da comunidade", que contribuem para um risco aumentado da propagação do vírus, sublinhando também "o impacto da doença em grupos que podem ter uma representatividade considerável nos cultos, nomeadamente pessoas com mais de 65 anos e pessoas com comorbilidades".
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O que devem fazer as Instituições de Culto e Religiosas
A DGS recomenda a elaboração ou atualização de um "Plano de Contingência interno para COVID-19 que contemple os procedimentos a adotar perante um caso suspeito de COVID-19".
As "celebrações, atividades, encontros, reuniões, catequeses e outros eventos de culto que implicam a aglomeração de pessoas" devem ser limitados ou adiados "quando não for possível cumprir as Orientações de mitigação de transmissão de SARS-CoV-2".
Devem ainda ser mantidos "os meios de transmissão alternativos, nomeadamente com recurso a meios
telemáticos".
No que diz respeito a "objetos ou substâncias do local de culto", deve ser removido ou proibido o seu toque, tal como a "água benta e outros símbolos".
Deve ser garantida "uma sinalização para os lugares que podem ser ocupados de forma a garantir o distanciamento de, pelo menos, 2 metros entre pessoas. O distanciamento não se aplica a coabitantes".
O acesso "sem supervisão" ou de visitas coletivas aos locais de culto deve ser "limitado".
É também necessário "divulgar amplamente e incentivar a adoção das medidas de proteção e distanciamento físico, etiqueta respiratória e higiene das mãos, afixando, por exemplo, alguns cartazes à
entrada do local de culto".
Deve ser disponibilizado "um dispensador de solução à base de álcool para as pessoas desinfetarem as mãos, pelo menos, à entrada e à saída do local de culto e em pontos estratégicos".
O arejamento dos locais deve ser promovido "principalmente antes e depois de uma celebração, se possível mantendo as janelas e portas abertas".
A higienização deve ser feito de acordo com a Orientação nº 014/2020 da DGS e a sua frequência deve ser aumentada nos "espaços comuns, bancos, apoios e puxadores de portas, principalmente no final de cada celebração".
Durante as celebrações. E como comungar?
As pessoas com "fatores de risco, nomeadamente pessoas com mais de 65 anos e/ou comorbilidades", devem ser aconselhadas a "assistirem às celebrações através de meios de transmissão alternativos ou a optarem por horários em que as celebrações são menos frequentadas".
Devem ser evitadas aglomerações "durante a celebração, limitando a capacidade máxima do local de modo a garantir o distanciamento recomendado e organizando antecipadamente o número de participantes".
No que diz respeito à circulação, deve ser criado e identificado, "sempre que possível, um circuito de circulação", no qual "as primeiras pessoas a entrar devem ocupar os lugares mais distantes da porta de
entrada", preferencialmente, "a porta de saída deve ser diferente da porta de entrada" e "as primeiras pessoas a sair devem ser as que estão mais próximas da porta de saída".
Deve ainda ser considerada a nomeação de "uma pessoa que receba os participantes à entrada e os encaminhe para os lugares adequados, ou para áreas como as zonas de ablução ou cacifos".
As portas dos locais de culto devem ficar abertas "se possível, nos horários previstos para as celebrações, de modo a evitar o toque nos puxadores ou maçanetas".
A máscara facial deve ser utilizada "sempre que adequado" e as celebrações devem ser abreviadas.
Os momentos que envolvam "contacto físico (por exemplo: aperto de mão, beijo ou abraço)" devem ser substituídos "por outro tipo de saudação que garanta a distância recomendada de, pelo menos, 2 metros".
No momento de distribuir alimentos ou objetos durante as celebrações, deve ser garantido "o cumprimento das medidas adequadas de distanciamento e higienização. Caso tal não seja possível, "estes momentos devem ser suprimidos".
A partilha de objetos como tapetes de oração deve ser evitada, sendo que "cada pessoa deve levar o seu
ou, em caso de inexistência, usar material descartável e higienizar o tapete entre utilizações".
O arejamento dos locais de culto deve ser feito "durante, pelo menos, 30 minutos antes e depois da celebração".
O papel de cada um
A DGS recomenda aos cidadão que cumpram "as orientações de entrada e saída e a marcação dos lugares do local de culto" e desinfetem as mãos "com solução à base de álcool à entrada e à saída do local de culto e,
quando necessário, durante a celebração".
Deve ser mantida "a distância recomendada de 2 metros entre pessoas não-coabitantes durante a
celebração, à entrada e à saída do local de culto" e as saudações com "contacto físico" devem ser suspensas, tal como o toque em vários objetos.
A máscara deve ser utilizada sempre que possível, como "medida adicional de prevenção de transmissão", e sempre associada "ao distanciamento de 2 metros, a uma adequada etiqueta respiratória e à higienização das mãos".
Momentos ou refeições de convívio "antes e após o culto" são de evitar". Deve também ser respeitado "o dever especial de proteção", evitando "frequentar as celebrações em que se preveja um maior número de pessoas, se faz parte de um grupo de risco".