Despedimentos na TAP podem ser menos de dois mil se trabalhadores aceitarem medidas voluntárias
Pedro Nuno Santos precisou que "o limite máximo de saídas são dois mil trabalhadores", mas prometeu "trabalhar com os sindicatos para conseguir reduzir este número de saídas".
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O ministro das Infraestruturas disse esta sexta-feira que o número de despedimentos pode ser inferior a dois mil trabalhadores se houver adesão dos trabalhadores às medidas voluntárias para a redução dos postos de trabalho.
"Foram apresentadas aos sindicatos um conjunto de medidas voluntárias, que permitem reduzir o número de saídas dos 2.000", como 'part-time', mútuo acordo, reformas antecipadas e licenças sem vencimento, disse Pedro Nuno Santos, em conferência de imprensa, para apresentar publicamente o plano de reestruturação da TAP.
O ministro precisou que "o limite máximo de saídas são dois mil trabalhadores", mas prometeu "trabalhar com os sindicatos para conseguir reduzir este número de saídas".
Sobre a redução da massa salarial prevista, Pedro Nuno Santos adiantou que o corte de 25% nas remunerações é progressivo, e só é aplicado aos trabalhadores que ganham mais de 900 euros mensais.
"Até 900 euros não se aplicam cortes e, a partir daí, é aplicada uma taxa de 25% à parte acima dos 900 euros. Isto é, um trabalhador que ganhe mil euros tem um corte de 25% sobre cem euros, a que corresponde uma redução de 2,5%. Depois progressivamente à medida que o nível salarial vai aumentando, o corte salarial vai-se aproximando dos 25%", explicou.
"Se não fizéssemos ajustamento na massa salarial [...] teríamos de acrescentar ao que já vamos injetar, pelo menos mais 1,4 mil milhões de euros em dinheiro público", adiantou, também, o ministro das Infraestruturas e da Habitação.
Como a Lusa noticiou em novembro, a TAP vai propor aos trabalhadores um pacote de medidas voluntárias, que incluirá rescisões por mútuo acordo, licenças não remuneradas de longo prazo e trabalho a tempo parcial.
Numa comunicação enviada então aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, a administração referia já que "quanto maior for a adesão, menor será a necessidade de outras medidas a decidir futuramente".
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