DGS arrependida por não ter recomendado máscaras? "Estávamos alinhados com autoridades internacionais"
Ministra da Saúde confessou que, se pudesse, mudaria o facto de não ter aconselhado uso de máscaras mais cedo. Já a diretora-geral da Saúde não admite arrependimento pela decisão.
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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, não admite arrependimento por não ter recomendado mais cedo o uso de máscaras contra a Covid-19. A questão foi colocada à responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS), esta quinta-feira, durante a conferência diária de balanço da pandemia em Portugal, depois de a ministra da Saúde ter admitido que se pudesse alterar alguma coisa na sua atuação, mudaria as recomendações dadas inicialmente sobre o uso da máscara.
Em entrevista ao podcast do PS "Política com Palavra", a ministra Marta Temido admitiu que a comunicação sobre a utilização de máscaras poderia ter tido outra abordagem, embora sublinhando que as decisões tomadas não se deveram a "falta de material", mas, sim, aos conselhos técnicos recebidos.
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Em relação a este assunto, a diretora-geral da Saúde recordou que as decisões tomadas foram sempre "em alinhamento com o ECDC [Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças]".
"Aguardámos essa orientação com toda a tranquilidade, mas recordo que já estávamos em estado de emergência e em confinamento", acrescentou Graça Freitas, fundamentando a decisão com o acompanhamento das diretrizes das autoridades superiores, bem como com o aparecimento de um novo tipo de máscaras - as de uso social ou comunitárias.
Nos próximos dias será divulgada uma campanha para elucidar os portugueses quanto aos procedimentos adequados para colocar e retirar as máscaras, mas Graça Freitas salienta a importância de "seguir indicações do fabricante" e ter a disciplina de não colocar as mãos em contacto com o rosto.
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