O Ministério da Educação quer que sejam as escolas a colocar os professores que faltam através de contratos mensais. Uma medida que surpreendeu directores de escolas e sindicatos.
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A Federação Nacional de Educação (FNE) espera que o ministro Nuno Crato reconsidere esta alteração nas regras de colocação de professores.
«Achamos inaceitável que se esteja a colocar as pessoas debaixo do cutelo permanente com a ameaça do final do contrato no final do mês, quando há expectativa legítima de que a contratação seja por um ano lectivo. Não se entende que sabendo-se que a necessidade da escola vai permanecer, se esteja a fazer recontratações todos os meses», comentou João Dias da Silva, da FNE.
O Ministério da Educação diz que os docentes ainda em falta nas escolas vão ter contratos mensais que podem ser sucessivamente renovados.
Esta decisão é de tal forma estranha que Adalmiro Botelho da Fonseca, da Associação de Agrupamentos de Escolas Públicas, ainda acredita que se trata de um «erro».
«Ninguém acredita que andamos a fazer contratações mensais, isso não faz sentido para ninguém. Se vou ter a turma todo o ano, vou precisar do professor todo o ano», afirmou.
Em declarações à TSF, Adalmiro Botelho da Fonseca reclamou, no entanto, esclarecimentos por parte da Direcção Regional de Educação (DREN) ou do Ministério, apesar da informção que consta na plataforma informática da tutela.