Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas não têm conhecimento de escolas com notas manipuladas
O presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas garante que não tem conhecimento de casos de escolas onde as notas sejam inflacionadas para que os alunos tenham mais facilidade no acesso ao ensino superior. A denúncia está num relatório do Conselho Nacional de Educação sobre o último ano letivo.
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Sobre a manipulação de notas para a entrada na universidade, Adalmiro da Fonseca afirma desconhecer qualquer caso desse tipo, no entanto, não afasta a hipótese de que essas situações aconteçam. O presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas diz que «esses casos devem ser averiguados» e a confirmarem-se os procedimentos disciplinares devem «ser aplicados».
O relatório do Conselho Nacional de Educação sublinha também que Portugal continua a ser um dos países da Europa onde os alunos deixam a escola mais cedo, antes de concluir o ensino secundário. O ano passado a taxa ultrapassou os 19 por cento quando a média europeia foi de quase 12 por cento. Adalmiro da Fonseca não fica surpreendido com estes resultados e lamenta «o que caminho que está a ser seguido».
O professor afirma que se devia apostar mais nas escolas TEIP, instituições de ensino onde segundo Aldamiro da Fonseca «o abandono [escolar] é completamente irradiado». O presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas garante que estão a desaparecer este tipo de escolas quando o que deveria estar a acontecer era «seguir por esse caminho».