O ministro da Administração Interna disse, esta sexta-feira, que o dispositivo da Protecção Civil que está montado «continua intocável».
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«O dispositivo que estava montado continua absolutamente intocável em todos os seus aspectos, em toda a sua operacionalidade. Não se vai mexer em nada. Como diz o povo, em tempo de guerra não se limpam armas», disse aos jornalistas Miguel Macedo, no final de uma reunião com a Protecção Civil, em Carnaxide, Oeiras, para avaliar o dispositivo de combate aos incêndios florestais.
O novo ministro da Administração Interna adiantou que tudo o que está neste momento «previsto, organizado e planeado» vai manter-se.
No entanto, não especificou se no futuro esta área vai passar para o Ministério da Defesa, como estava previsto no programa eleitoral do PSD.
Questionado se vai nomear para o seu ministério um secretário de Estado da Protecção Civil, Miguel Macedo afirmou que não iria «antecipar essa notícia».
A época mais crítica de incêndios florestais começa a 1 de Julho, estando este ano envolvidos 41 meios aéreos (menos 14 que no ano passado) e 9210 elementos.
O ministro da Administração Interna salientou que os meios envolvidos vão manter-se para o combate aos incêndios, acrescentando que recebeu garantias que é «o necessário para a época que se avizinha».
Miguel Macedo explicou que a sua primeira deslocação como governante foi à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) tendo em conta o período crítico de fogos florestais e que corresponde a uma «prioridade política».
A reunião pretendeu dar um «sinal político de homenagem a um dos interesses nacionais mais fundamentais do momento», afirmou.
Miguel Macedo disse que o objectivo é ter «menos fogos e menos área ardida», o que depende não só do dispositivo que está montado mas também que os cidadãos não adoptem comportamentos de risco.