Do combate à pobreza energética à extinção do escalo-do-Mira. Zero destaca o bom e o mau de 2023 no ambiente
À TSF, Francisco Ferreira faz um balanço de 2023 e revela expectativas para 2024 no setor do ambiente.
Corpo do artigo
No balanço do ano feito pela associação ambientalista Zero, a aprovação da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza Energética merece nota positiva, enquanto o aumento das emissões de dióxido carbono se destaca pela negativa.
Em declarações à TSF, Francisco Ferreira aponta ainda como muito positivos "o processo de avaliação ambiental estratégica para o novo aeroporto de Lisboa", a "remodelação do programa Vale Eficiência", o facto de Portugal ter saído do Tratado da Carta de Energia e a abertura primeiro restaurante "zero waste" (desperdício zero) da Europa, em Guimarães.
TSF\audio\2023\12\noticias\27\francisco_ferreira_1_balanco_2023_embargo_7h00_
Pela negativa, o coordenador da associação ambientalista aponta "o grande atraso na implementação da lei de bases do clima", o aumento das emissões de dióxido de carbono no setor dos transportes e o "simplex ambiental", que considera "um retrocesso enorme na transparência e no facilitismo do licenciamento ambiental".
Também o risco de extinção do escalo-do-Mira, um peixe que só existe na bacia do rio Mira, devido à seca severa, preocupou a Zero em 2023.
17200089
Em 2024, Francisco Ferreira nota que as eleições legislativas e europeias podem "determinar e muito o que será o futuro da política na área do ambiente e da sustentabilidade".
O ambientalista aguarda com expectativa a revisão do Plano Nacional Energia e Clima e do Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, dois "elementos fundamentais da nossa política climática".
TSF\audio\2023\12\noticias\27\francisco_ferreira_2_2024_embargo_7h00_
No próximo ano começarão ainda a ser recolhidos seletivamente os biorresíduos em todo o país, "o que é crucial para tirarmos a matéria orgânica que tanto polui os aterros", destaca.