Domingos Silva Araújo, o padre jornalista que assistiu ao furacão do PREC na arquidiocese de Braga
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Sempre se guardou atrás de uma figura física pequena, mas a obra que deixa enaltece-o nos mais ínfimos pormenores de que guarda exímia memória.
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Menino e moço, Domingos nasceu em Gondar, no verão de 1936, a breve distância de Guimarães. Mas seria pela cidade de Braga que distenderia os seus atuais 89 anos em atividades múltiplas: o dom da poesia, vertido sob o pseudónimo de Seara, em “Poemas da Hora que Passa”, publicados no semanário vimaranense “Conquistador”. Domingos Silva Araújo foi aluno dos seminários da arquidiocese de Braga, desde 1947. Aos 23 anos é ordenado, na Sé de Braga, padre diocesano, em 15 de agosto de 1959. Seria depois prefeito e professor de Latim e Português no Seminário de Nossa Senhora da Conceição. Até 1974, leccionou Religião e Moral, em diversas escolas da cidade dos arcebispos.
Decisivo foi o curso de jornalismo que frequentou, por dois anos, na Universidade de Navarra, em Pamplona, fundado pelo Opus Dei, em 1952. A preparação académica tornou-o presença constante na faculdade de Teologia de Braga e, em diversos institutos, ligados à Comunicação Social. E, por 28 anos, Monsenhor Silva Araújo trabalhou como jornalista na redação do “Diário do Minho”. Seria depois o intrépido diretor do “Diário do Minho”, por 27 anos, de 15 de abril de 1970 a 31 de agosto de 1997. Foi seu ponto de honra manter sempre uma colaboração regular neste diário católico.
Responsável pela instalação do estúdio “Voz do Minho”, da Rádio Renascença, foi correspondente da Agência Lusa, em Braga. A seu tempo, deu também uma mão sábia na página da Internet da arquidiocese.
Na atividade pastoral, monsenhor Silva Araújo foi reitor da Basílica dos Congregados, capelão de Bombeiros e Misericórdias, conselheiro espiritual das Equipas de Nossa Senhora, do CPM e assistente religioso da LOC.
Na atividade literária é pródiga a sua participação em conferências, em volumes publicados, em livros que prefaciou e colaborações várias em revistas e jornais. Destaca-se aqui, de modo especial, a sua participação no “Diário do Minho”, a sua verdadeira menina dos olhos.