Sindicato dos Inspetores do Trabalho pede demissão imediata do inspetor-geral do trabalho.
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A presidente do Sindicato dos Inspetores do Trabalho confessa que nem queria acreditar quando há alguns meses recebeu, enquanto funcionária da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), um e-mail com todo o processo de uma inspetora que pedia transferência do local de trabalho.
Carla Cardoso conta que o e-mail continha detalhes não apenas da saúde da funcionária, como avança hoje o jornal Público, mas também da sua vida familiar e até do filho.
A sindicalista confessa que ficou estupefacta com o que leu e pensou, de início, que tinha recebido a mensagem por engano. Depois percebeu, contudo, pelo que estava escrito no e-mail, que a divulgação tinha sido uma ordem do inspetor-geral do trabalho.
O caso gerou agora um processo disciplinar, já aprovado pelo governo, ao líder da ACT, depois de uma avaliação da Inspeção-Geral do Ministério do Trabalho e da Segurança Social que censura o comportamento de Pedro Pimenta Braz.
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O Sindicato de Inspetores do Trabalho sublinha que é inaceitável que a instituição do Estado que deve proteger os direitos dos trabalhadores tenha exposto desta forma a vida privada de uma funcionária, violando, claramente, a lei laboral.
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Perante as notícias hoje conhecidas de um processo disciplinar contra o inspetor-geral do trabalho, o Sindicato de Inspetores do Trabalho diz que Pedro Pimenta Braz só deve ter um caminho: apresentar a demissão.