É um dos quase 50 mil colocados no ensino superior? Ministra destaca "Simplex" e recorda reforço de apoios sociais
Ministra assinala também que o processo de atribuição de bolsas foi este ano simplificado, ficando os estudantes a saber se têm direito a este apoio ou não no momento em que se candidatam ao ensino superior.
Corpo do artigo
Numa altura em que quase 50 mil jovens foram colocados no ensino superior, na primeira fase do concurso público, a ministra da Ciência e do Ensino Superior, Elvira Fortunato, lembra que o Governo reforçou este ano os apoios sociais aos estudantes das universidades e politécnicos.
Em entrevista à TVI, a governantes assinalou que a atribuição das bolsas de ação social é agora automática para os estudantes que já recebem até ao terceiro escalão do abono de família.
Paralelamente, foi alargada a atribuição de bolsas +Superior, com o valor de 1700 euros anuais. "O ano passado havia um limite de bolsas, neste momento não há. Todos os alunos que estão nestas condições poderão usufruir desta bolsa, especialmente alunos deslocados para o interior", explicou.
Além disso, o Governo "criou um complemento à bolsa de estudo" no valor de 250 euros para apoiar as deslocações dos estudantes bolseiros. Está também prevista a "atribuição de complemento de alojamento" a estes estudantes.
A ministra adiantou ainda que foi feita uma "atualização" do complemento que se atribui aos alunos que não têm ainda lugar na residência e que têm de recorrer a outras alternativas.
TSF\audio\2022\09\noticias\12\evira_fortunato_1
Defendendo a ideia de um "Simplex para a Ciência", Elvira Fortunato realçou que este ano o acesso ao ensino superior foi mais simples e menos burocrático.
Na área da ação social, por exemplo, "neste momento, qualquer estudante que se candidatasse, ficava logo a saber à partida se iria ter bolsa ou não, independentemente do valor que iria ter", disse, lembrando que, por exemplo, ainda no ano passado, este processo demorava "alguns meses", o que, para alunos deslocados "é sempre um problema", que se agrava com o aumento dos preços do alojamento nos grandes centros urbanos.
TSF\audio\2022\09\noticias\12\elvira_fortunato_2_simplex
Quase 50 mil alunos conseguiram entrar para o ensino superior na primeira fase do concurso nacional de acesso, em que só 19% dos candidatos não obtiveram colocação.
No total, são 49.806 novos estudantes no ensino superior público, o segundo maior número em 33 anos, superado apenas pelos quase 51 mil alunos que ficaram colocados na primeira fase do concurso em 2020.
O crescente número de alunos no ensino superior é visto como uma "boa notícia" para o país, mas do universo académico surgem vários alertas. Em declarações à TSF, o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) avisou que são necessárias "condições" para acolher os alunos e, ao mesmo tempo, dar estabilidade ao corpo docente das instituições de ensino.
15155631.html
E já esta segunda-feira, a Federação Académica do Porto (FAP) manifestou preocupação com a falta de alojamento para os estudantes que chegam ao ensino superior, referindo que "estão colocados, mas desalojados".
15157099