Eduardo Cabrita ouvido em tribunal a 9 de junho no caso do atropelamento mortal
O ex-ministro da Administração Interna vai responder como arguido no âmbito do debate instrutório.
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O ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita vai ser ouvido na condição de arguido no dia 9 de junho, no Tribunal Judicial da Comarca de Évora.
Eduardo Cabrita irá responder no âmbito do debate instrutório, na mesma data em que será ouvido Nuno Miguel Dias, na altura seu chefe de segurança.
Em janeiro deste ano, a Relação de Évora deu provimento parcial ao recurso da família do trabalhador atropelado mortalmente pela comitiva do ex-ministro Eduardo Cabrita na A6, no dia 18 de junho de 2021. No seu acórdão, os juízes desembargadores decidiram que o antigo governante devia ser ouvido em fase de instrução pelos crimes de homicídio por negligência e condução perigosa.
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Será o juiz de instrução criminal a avaliar se os indícios que recaem sobre o ex-governante e o seu antigo chefe de segurança são suficientemente fortes para levar ou não os dois arguidos a julgamento. No entanto, ao que a TSF apurou, nesta fase instrutória, Eduardo Cabrita pode recusar-se a responder às questões que serão colocadas pelo juiz.
A 18 de junho de 2021, a viatura oficial em que seguia Eduardo Cabrita atropelou mortalmente Nuno Santos, trabalhador que fazia a manutenção da Autoestrada 6 (A6), ao quilómetro 77,600 da via, no sentido Estremoz-Évora.
Fonte da Brisa à TSF, confirmou, em junho de 2021, que os trabalhos na A6 na altura do acidente que envolveu carro do MAI estavam sinalizados e "conforme os procedimentos de segurança adequados para este tipo de intervenção".
Em 3 de dezembro de 2021, o MP acusou Marco Pontes, motorista de Eduardo Cabrita, de homicídio por negligência, tendo, nesse mesmo dia, o então ministro da Administração Interna apresentado a sua demissão do cargo.