Eduardo Cabrita vai ser ouvido como arguido no caso do atropelamento mortal na A6
Tribunal abriu instrução do processo interposto pela Associação dos Cidadãos Automobilizados que quer julgar o antigo ministro da Administração Interna pelo crime de homicídio negligente.
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O antigo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, vai ser ouvido como arguido em tribunal, na sequência do atropelamento mortal de um trabalhador na A6.
A notícia foi avançada pela CNN Portugal, e confirmada pela TSF que indica que, em causa um crime de homicídio negligente, por omissão.
A CNN Portugal explica que, em causa, está o pedido de abertura de instrução da Associação dos Cidadãos Automobilizados. O objetivo desta associação é que o antigo governante pela morte de um trabalhador na autoestrada. Esta será a primeira vez que um juiz vai analisar a conduta de Eduardo Cabrita.
A CNN confirma que o Tribunal da Relação de Évora deu provimento ao recurso da associação, mas contactado pela TSF o advogado de Eduardo Cabrita, Manuel Magalhães e Silva, afirma que ainda não foi notificado da decisão.
Já o advogado da Associação dos Cidadãos Automobilizados, Paulo Graça, esclarece que o ex-ministro da Administração Interna pode não falar, se assim o entender.
"Na instrução só tem lugar os atos que as partes que a requerem solicitem. Nós não solicitamos que o doutor Eduardo Cabrita fosse ouvido e tenho ideia que a família também não o fez, pelo que o Eduardo Cabrita só será ouvido se o solicitar." O antigo ministro "terá que estar presente em determinados atos, porque a lei assim o impõe, enquanto arguido, mas falar ou não é algo que decorrerá a sua livre iniciativa".
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Em 18 de junho de 2021, a viatura oficial em que seguia Eduardo Cabrita atropelou mortalmente Nuno Santos, trabalhador que fazia a manutenção da Autoestrada 6 (A6), ao quilómetro 77,6 da via, no sentido Estremoz-Évora.
Contactado pela TSF, Eduardo Cabrita recusa fazer qualquer comentário.
Notícia atualizada às 18h11