Educadores de infância "não devem" voltar ao trabalho sem condições de segurança

Maria João Gala/Global Imagens
Fenprof revela que só metade das crianças deve voltar aos jardins de infância.
No dia em que as crianças do pré-escolar regressam aos jardins de infância, a coordenadora nacional da educação pré-escolar da Fenprof, Júlia Vale, considera que alguns estabelecimentos não têm assegurados os equipamentos de proteção individual.
"Na sexta-feira, [há] colegas que a única garantia que tinham de ter alguma coisa na escola era o gel desinfetante e o que consideramos é que as pessoas não devem aceitar entrar no local de trabalho se não estiverem reunidas as condições mínimas necessárias para que este regresso seja feito com o mínimo de segurança", explica a responsável.
Após um levantamento junto dos pais, a Fenprof revela que só metade das crianças deve, de facto, voltar aos jardins de infância.
"Só quem precisa dessa resposta porque tem de regressar ao emprego ou procurar emprego é que arrisca por 17 dias trazer as crianças para o jardim de infância. Uma coisa é saber que se está a entrar sem ter qualquer tipo de contágio, outra coisa é entrar às escuras", refere Júlia Vale.
A coordenadora da educação pré-escolar acusa o Ministério da Educação de se ter demitido das suas responsabilidades, atirando as medidas para as autarquias. A Fenprof defendeu ainda testes aos educadores de infância, que não chegaram a ser feitos.
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