Eleições antecipadas? Marcelo considera estado de emergência a decisão mais difícil que tomou
Marcelo Rebelo de Sousa assinala que a Assembleia da República já tinha sido dissolvida por sete vezes.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, revelou esta sexta-feira que a decisão mais difícil que tomou no desempenho do cargo foi a de decretar o estado de emergência no âmbito do combate à Covid-19.
Questionado pelos jornalistas, à margem do 3.º Encontro Nacional de Cuidadores Informais, sobre se a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas é a decisão mais difícil que teve de tomar, o chefe de Estado contrapôs.
"Não, a mais difícil foi a declaração do estado de emergência", garantiu, antes de assinalar que "dissoluções já houve sete antes, esta foi a oitava".
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Por outro lado, "não havia desde a vigência da democracia" a declaração de um estado de emergência. "Em rigor, para uma pandemia secular como esta, não havia há um século."
A pandemia de Covid-19 "implicou sacrifícios para Portugal e para os portugueses, entre eles os cuidadores informais e os cuidados informais. Foi a [decisão] que me custou mais a tomar e ainda custou mais a segunda declaração, porque convenci-me firmemente, quando chegámos ao verão de 2020, de que não teríamos mais vagas", reconheceu.
Perante uma situação que "já tinha piorado" e a ter de declarar o estado de emergência "em cima da eleição presidencial", a decisão foi "muito mais dramática e pesada".
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