A opinião é de Jorge Miguéis, secretário-geral adjunto do Ministério da Administração Interna. À TSF confessa que foi apanhado de surpresa com as reviravoltas na contagem dos votos na Madeira e classifica a falha de «inadmissível».
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O secretário-geral adjunto do Ministério da Administração Interna (MAI), Jorge Miguéis, considera que erros como o que se verificou na Madeira não podem acontecer num país democrático.
Jorge Miguéis lidera os processos eleitorais desde 1975 e diz que uma falha na contagem de votos aconteceu uma única vez, no concelho de Setúbal, mas nesse caso sem influência nos resultados finais.
O secretário-geral adjunto (MAI) considera por isso que existiu alguma falha de cuidado até porque esta era a primeira vez que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) testava em bloco o sistema informático de recolha de dados.
Jorge Miguéis sublinha que em causa estava apenas a contabilização de 11 concelhos e confessa que quando ouviu as primeiras noticias que retiravam a maioria absoluta ao PSD, ficou surpreendido e telefonou para o Funchal, que lhe confirmou a informação.
Jorge Miguéis considera que além da CNE, também a assembleia de apuramento dos votos da Madeira revelou alguma falta de cuidado, uma situação que não pode repetir-se.